Posts Tagged ‘Toronto’
Como os canadenses falam meu nome
Pessoas que tem nomes diferentes assim como o meu sofrem. É um tanto normal você precisar repetir uma, duas, três vezes seu nome até as pessoas entenderem. E nos piores casos, eles ainda não entendem e acabam chamando pela forma mais parecida possível, no meu caso, “JONATAN”. Eu poderia gritar, xingar, esbravejar, mas prefiro pensar comigo mesmo que essa pessoa está me chamando de “JONATAN” porque sofre com sérios problemas de concentração, principalmente por usar uma leitura dinâmica 99% do tempo (não me pergunte o que acontece com o 1% restante), preenchendo espaços que ela acredita serem nulos com letras inexistentes, no caso, colocando um “N” onde não existe. Consequentemente entendendo que a pessoa pode estar sofrendo com problemas psicopedagógicos, eu prefiro atender por “JONATAN” mesmo, até que um dia a pobre criatura vai perceber o próprio erro, coisa que pode acontecer tarde demais.
Fiquei muito surpreso quanto a facilidade da maioria das pessoas entender meu nome aqui em Toronto, inclusive a galera que vem de outros países latino-americanos ou mesmo da Europa e Ásia. Não que eu possa dizer “Nossa, como essa gente sabe falar bem J-O-A-T-A-N”, mas prefiro o jeito que eles falam ao ser chamado toda a vida de “JONATAN”. Logo no primeiro dia de aula já fiquei feliz porque precisei repetir no máximo duas vezes meu nome aos professores (uma a menos que no Brasil). Porém, acabei usando uma estratégia diferente na pronûncia. Como aqui as pessoas já estão acostumados com nomes como “John”, “Joe” ou “Jonny”, sendo que devido ao emprego da sílaba “JO” em inglês a pronúncia fica “DIÔ”, comecei e pronunciar “DIOATAN”. Obviamente alguns ainda perguntam “What? DIONATAN?”, mas respondo que é “DIONATAN” sem a letra N, e problema resolvido.
Essa semana fui almoçar no Subway (fast food, não metro, considerando que metro aqui é chamado de subway) e no caixa a moça perguntou qual era o meu nome pra colocar no cupom e chamar quando o lanche estivesse pronto, respondi conforme a “pronúncia local”. Ela completou “Oh, just JOE, ok? – [Apenas JOE, certo?]”.
Quem sabe os canadenses não estão tão preparados assim como pensei pra pronunciar meu nome. Contudo, ressalto que ainda é melhor ser chamado de “JOE” na fila de um fast food estrangeiro ao que ser chamado de “JONATAN” diversas vezes no Brasil, incluindo consecutivas e pela mesma pessoa, as quais provavelmente sofrem dos problemas relatados no início do texto.
Alarme de Incêndio
Acordei tarde, tomei café relativamente mais rápido que nos outros dias, peguei um ônibus lotado e cheguei 5 minutos atrasado pra primeira aula. Uma vez eu li que os canadenses tem como cultura não gostar de atrasos, nem mesmo tolerar. Ao menos na Hansa, isso não é levado a sério, provavelmente por ser uma instituição na qual o público alvo são estrangeiros, mas as vezes os próprios professores se atrasam, vai ver eles são imigrantes.
A aula mal havia começado e ainda depois de mim chegou mais uma colega, por sinal, brasileira. Passado alguns minutos, o relógio já marcava por volta de 9:55, sendo que a aula começa às 8:30. Derrepente começamos a ouvir um “TRI, TRI, TRI, TRI, TRI, TRI…”, ninguém sabia ao certo o que era, eu ainda brinquei dizendo que poderia ser o alarme de incêndio, e o professor completou respondendo “you are sure”.
Observando as outras salas, percebemos a mobilização do pessoal apressado descendo as escadas, em seguida, o professor orientou todos para sair da sala, mas como não havia sinal de fumaça, ele disse que desceria antes e tentaria descobrir o que estava acontecendo. Logo em seguida, ele retornou dizendo que não encontrou nenhum outro funcionário ou professor, e pediu para que todos descêssemos nos dirigindo para fora do prédio.
Todos já estavam reunidos em frente a escola, sem entender muito bem o que poderia ter acontecido, pois não havia sinal algum de fogo. Depois de 10 minutos de espera, o terceiro andar foi liberado, local no qual estavamos tendo aula. Voltamos para a sala e é bastante provável que em seguida o restante do pessoal retornou também, conforme a liberação pelos próprios professores dos demais andares, pois, como foi alarme falso, provavelmente os bombeiros foram avisados para não aparecer.
A explicação pra tudo isso, conforme um dos professores comentou, possivelmente poderia estar ligada ao fato de alguém estar fumando em um dos banheiros. A princípio isso é apenas um rumor, no decorrer do dia nenhum maior esclarecimento foi passado, comentei ainda com o professor da primeira aula se poderia ser algum tipo de treinamento, mas ele acredita ser pouco provável. Contudo, durante o restante do dia, tudo correu normalmente.
Lavando Roupas na Homestay
Depois de duas semanas aqui em Toronto, uma coisa que eu ainda não tinha feito era lavar roupas. Confesso que eu estava meio apreensivo quanto a isso, pode me chamar de babaca (e eu sei que você vai), mas lá em casa sempre quem lava minhas roupas é minha mãe. E atire a primeira pedra se a sua mãe nunca lavou alguma roupa sua, viu?
Uma frase que já ouvi meu pai falando algumas vezes é que nada adianta fazer revisão em um carro e não verificar o óleo, filtro de ar, pastilhas de freio, calibrar os pneus e afins. Segundo ele, isso seria o mesmo que tomar banho e não trocar de cueca. Bom, vocês devem estar pensando que considerando o fato de eu ter ficado duas semanas sem lavar roupas foi porque eu trouxe realmente muita coisa ou eu estou tomando banho sem trocar de cueca. Acho que a seguna opção é mais adequada. Não que eu esteja usando a mesma cueca por uma semana inteira, mas em homenagem ao espírito de aventura, as vezes eu tomo banho e não troco. Mais uma vez, se você está rindo, mas no fundo sabe que já fez isso alguma vez (e eu sei que você já fez), sua consciência vai pesar mais tarde.
Laundry
Mas voltando pra lavagem de roupas, logo após o Breakfast, a host mother disse que primeiro ela lavaria as roupas dela, depois eu poderia lavar as minhas. Já era por volta das 15 horas e eu estava até enfiando a roupa suja embaixo da cama novamente quando ela me chamou dizendo que eu poderia lavar. Ela mostrou a medida do sabão, o funcionamento da máquina de lavar e depois da secadora. Até a parte da medida tudo bem, entendi legal, mas quanto as máquinas é outra história. Afinal, em cada uma delas tem uns três botões com a descrição “ON/OFF”. Mas enfim, como ela ligou a máquina de lavar pra mim e disse que mais tarde eu deveria voltar pra colocar na secadora, pensei que depois com mais calma eu poderia analisar os botões e entender o funcionamento. E foi o que fiz.
Lembro que minha mãe falou que não posso misturar roupas claras com escuras, por isso, acabaram ficando duas peças sem lavar, porque eram mais escuras, mas a host disse que vai lavar mais tarde pra mim, junto com outras que ela ainda tem.
O processo de secagem demorou um pouco mais, principalmente pelo fato de eu pensar ter ligado a secadora na primeira vez, mas não ter ligado coisa alguma. Quando eu voltei na esperança de encontrar as roupas secas, percebi que a máquina estava desligada, e finalmente descobri como ligar a dita.
All ready
Entre secos e molhados as roupas ficaram aparentemente limpas. E espero que na próxima semana ou próxima quinzena, seja mais tranquilo, até porque, agora eu já vi que não é tão complicado quanto parece. Pois é, as máquinas acabam fazendo todo o “trabalho sujo”, então se torna fácil.
Google Street View em Novo Hamburgo
A visão empregada para o uso do Google Street View é realmente fantástica. Antes de sair do Brasil consegui cosultar através da ferramenta a minha homestay aqui em Toronto, inclusive os arredores, as ruas próximas e afins. Ajudou bastante para que na chegada, dentro do taxi ainda eu já pudesse avisar o motorista que estavamos próximo ao destino, e parando em frente a casa percebi que mesmo de uma forma virtual, eu já conhecia aquele lugar.
Conforme comentei em uma postagem lá no Zoom Digital, a qual você pode visualizar clicando aqui, mais algumas cidades estão fazendo parte do acervo de imagens do recurso no Brasil, inclusive Novo Hamburgo / RS, minha cidade Natal e onde moro com minha família.
Alguém aí conhece esse lugar? Pois é! “Nossa rua” em Novo Hamburgo
Só para lembrar, para usar o Street View, basta acessar o endereço http://maps.google.com.br. E caso tenha dúvidas de como usar, escrevi uma breve explicação na postagem citada acima, pode ler mais uma vez clicando aqui.
Fiat 500 em Toronto
A Fiat realmente conseguiu exibir uma grande jogada estratégica com a compra da fatia equivalente a quase 40% da norte-americana Chrysler. Além de mais uma vez receber a chance de difundir os modelos italianos em uma região que por anos ficou marcada por repudiar a marca, a notável aceitação do Fiat 500 nas rodovias dos EUA e Canadá, por exemplo, está salvando o balanço trimestral da montadora, considerando que a crise na Europa tem refletido fortemente nos resultados. Estimativas afirmam que sem os lucros produzidos pelo mercado norte-americano, a Fiat precisaria lidar com a perda do equivalente a mais de R$ 600 milhões de reais.
Dessa forma, a ilha de produção dos pequenos Fiat 500 Abarth, em Toluca no Mexico, já não possui mais estoque disponível para distribuição ainda em 2012, devido a grande demanda. Analistas da área explicam que os motivos para o desejo despertado pelos norte-americanos ao modelo está baseado na emoção, considerando acima de tudo o 500 Abarth um carro pequeno, requintado e potente.
E em minhas andanças por Toronto, confirmo todas as estimativas já relatadas, pois percebi diversos “cascudinhos” rodando por aqui. Abaixo a imagem de um deles registrada na última sexta-feira:
Nas movimentadas rodovias que temos por aqui, sem dúvidas é uma ótima opção.
Fonte: Automotive Business, Car and Driver e Reuters Brasil
Is it a toy?
Nerds são criaturas diferentes. Além de defender uma cultura saudosista, esteja essa relacionada a tecnologia ou afins, estou certo de que cada um deles (ou de nós, porque também devo ser um) possui uma eterna criança agindo no seu interior. Posso afirmar isso considerando o fato que desde criança, sempre fomos fascinados por vídeo games, gibis, dispositivos eletrônicos, livros e filmes de ficção científica, além de mais uma porrada de coisas legais, e mesmo depois de adultos essas coisas continuam sendo divertidas, ao menos pra nós.
No início desse semana, no retorno do almoço com um amigo em um shopping próximo da escola aqui em Toronto, estávamos procurando um adaptador de tomadas para o notebook dele na The Source, uma loja de eletrônicos bastante conhecida por aqui. Na passada, acabei notando uma área da loja dedicada a “brinquedos de controle remoto”, como carros, barcos e helicópteros, que por sinal, esses últimos não são nada difíceis de encontrar nas lojas aqui, inclusive existem peças de reposição para os mesmos. Contudo, cá entre nós, podemos dizer que são brinquedos de gente grande.
Analisando os artigos, me deparo com um grande cartaz escrito “SALE” colado acima de um dos carrinhos. O preço inicial era$ 99 dólares, já havia caído pra $ 44, e estava agora por $ 34 dólares. Comecei a me coçar e fazer aquelas perguntas básicas que geralmente os especialistas apresentam como sugestão para os consumistas: “Eu preciso?”, “Tenho dinheiro?” e “Precisa ser agora?”. Bom, meu amigo já estava cansado de esperar, pois já havia encontrado o adaptador e deveríamos voltar para a escola pra fazer o homework. Acabei desistindo da ideia e deixando o carro.
Mas sabe quando a “criança” vai dormir e fica pensando no brinquedo que queria ter? Por esse motivo, no dia seguinte depois da aula, voltei lá e comprei o dito carrinho. Porém, a caixa dele era enorme, e na loja eles mal tinham uma sacola adequada ao tamanho pra colocar ela dentro. Dessa forma, depois de sair do shopping, voltei pra escola, sendo que a mesma fica duas quadras. Fui pra sala de estudos desembrulhar tudo, jogar a caixa fora e levar só o carro e seus acessórios pra homestay. Afinal, apesar do pessoal entrar com bicicleta, patinete e até cachorro no metro, eu não estava afim de ficar carregando uma caixa imensa.
Enquanto eu estava desembrulhando minha mais nova aquisição, chegou uma japinha coreana colega da aula de Conversation e perguntou: “Is it a toy? – [Isso é um brinquedo?]”. Meio sem jeito eu respondi: “Well, maybe… – [Bem, talvez…]”. Ela olhou de novo e perguntou novamente: “Do you like it? – [Você gosta disso?]”. Respondi que gostava e em seguida ela comentou: “Ohhh! It´s a radio control car! – [Ah! Isso é um carro de controle remoto!]”
Brinquedo, carrinho de controle remoto ou seja lá o que for, eu gosto desse tipo de coisa. Inclusive, enquanto eu estava com ele lá na escola, gravei até um primeiro “test drive“. Em seguida vou publicar, juntamente com o vídeo de um outro device for nerds que comprei ainda na semana passada.
Aguardem!
[UPDATE – 18.08.12]: Postagem no #GEEKFAIL com o vídeo comentado acima – Brincando com Eletrônicos (clique no link para acessar)
A Escola
Pode parecer mentira, mas desde criança, acho que nunca gostei muito de ir pra escola. Quer dizer, não que eu detestasse isso, mas pra mim era um tanto tedioso ficar mais de 4 horas trancado em uma sala de aula com professores e colegas chatos. Não que isso me faça um babaca, tipo aqueles da “turma do fundão” que ficam só de zuação e não perdem uma oportunidade pra “matar aula”. Pelo contrário, sempre tentei me dedicar ao máximo, estudando, colaborando com o bom desempenho das aulas perante os professores e tentando sempre conservar um bom relacionamento com todos. Falando bem a verdade, nos últimos anos do colegial, mais precisamente no ensino médio, acabei descobrindo que ir pra escola não é tão ruim assim. Pois foram os anos que mais consegui aproveitar os conteúdos apresentados pelos professores, assim como conquistar amizades e consolidar relações que vou levar pra vida toda. Costumo dizer que durante esses anos aprendi a ser gente.
Contudo, mais tarde ainda quando você inicia um curso em uma universidade ou mesmo em uma escola técnica, você acaba percebendo que escolas realmente são do bem. Elas existem pra auxiliar no desenvolvimento educacional de todos, principalmente quando estudamos assuntos que realmente temos interesse e quem sabe vocação.
Antes de iniciar na Hansa Language Centre aqui em Toronto, ainda no Brasil, eu sempre pensava que esse início seria o pior de todos os inícios dos tempos de escola. Pois imagine você chegando em um país desconhecido, precisando encarar pessoas desconhecidas, costumes desconhecidos, e de quebra, podendo se comunicar somente através de um idioma ao qual você não domina plenamente. Isso realmente foi uma preocupação pra mim durante meses.
Na última terça-feira fez uma semana que iniciei na Hansa e apesar de toda a aflição criada antes mesmo do primeiro dia, ocorreu tudo tranquilamente, seguindo até então. O primeiro dia foi muito tranquilo. Cheguei na escola com o ônibus que minha host mother já havia me indicado no dia anterior, procurei a recepção e comentei que era meu primeiro dia. A moça indicou outra sala onde conseguiram confirmar minha matrícula. Fui levado pra “sala de testes”, onde ocorreria o exame inicial indicando em qual level eu poderia ingressar para as aulas. Terminando os testes, após um certo período de espera, a correção foi finalizada, fui chamado e admitido nas disciplinas indicadas através do resultado, assim como em seus respectivos levels.
No primeiro dia consegui participar de somente duas aulas, devido ao horário, considerando que estou matriculado em quatro disciplinas: Grammar, Listening, Conversation e Vocabulation.
Logo de cara percebi que os professores são gente boa, e tem uma boa bagagem de conhecimento pra compartilhar. Só o professor da aula de Pronuntiation que é meio maluco, gosta de “tirar” os brasileiros e dizer que não vamos conseguir pronunciar da forma correta certas palavras, contudo, eu realmente espero que seja brincadeira da parte dele.
De uma forma geral, conclui que o primeiro dia em uma escola estranha, com pessoas estranhas e falando uma língua estranha não foi nada ruim. Até agora, acho que a adaptação foi relativamente fácil.
Mas como nada é perfeiro, ainda mais pra pessoas um tanto exigentes como eu, acredito que algumas coisas na escola deixam a desejar. A principal está relacionada a hospitalidade e algumas práticas conservadas. Não tenho nada contra as pessoas, acho inclusive que a grande maioria tenta ser cortês, mas percebi uma falha grande referente a comunicação, começando por não existir um guia específico de regras, horários, cumprimentos e conveniências que devem ser seguidos pelos alunos. Parece bobagem, mas isso pode ser realmente importante. Até porque, conforme comentei, os alunos são inseridos nas turmas a partir do resultado do teste inicial, o qual é baseado em levels. Contudo, mais tarde, é possível realizar novamente um teste para avançar de level, sendo que os levels trabalham desde o level 1 ao 12. Considero essa informação de extrema importância, pena que acabei descobrindo conversando com os colegas, não que seja ruim, mas a escola deveria deixar isso mais claro. Outra situação que achei estranha é que alguns funcionários, não professores, demonstram pouco esforço para compreender alguns alunos, principalmente devido ao inglês capenga dos estudantes. Já percebi alguns colaboradores fazendo pouco caso de alguns problemas relatados, falando rápido demais e não tentando entender o que os alunos realmente precisam. E por último, mesmo que não seja da minha conta, mas por tentar ter uma visão mais técnica, sinto que posso opinar quanto ao o sistema computacional usado na gestão dos processos da escola, pois o mesmo parece bagunçado e um tanto arcaico. Logo quando cheguei, o rapaz que fez a confirmação do meu ingresso estava usando um sistema ainda baseado em DOS (pra quem não sabe, essa plataforma tem mais de 20 anos de idade), com um mecanismo de buscas ruim, pois demorou pra encontrar minha matrícula. Mais tarde, após terminar a prova e ser chamado para o ingresso nas aulas, percebi que o recrutador estava usando uma planilha do Microsoft Excel para consultar os horários das aulas, e ontem, por incrível que pareça vi um sistema baseado em web aberto no navegador de um dos computadores da recepção.
Não gostaria de encarar isso como críticas, caso necessário, que sejam construtivas, então. Acredito realmente que a escola faz o melhor para atender os alunos, e considerando o fato de que praticamente todos os dias estão entrando e saindo estudantes da instituição, em virtude do início ou fim do perído de intercâmbio, isso acaba se tornando rotina para todos. Dessa forma, não é nada especial a chegada de um novo estudante, considerando que ele é só mais um de muitos. Não que ser mais um seja ruim, quem sabe não é tão bom quanto uma recepção mais calorosa, mas pode se tornar frustrante para alunos com grandes expectativas.
Vale comentar também que a escola possui dois campus, um localizado na Englinton East e outro na Youge Street em Toronto. Os dois campus são muito próximos, caso necessário, é perfeiramente viável caminhar entre um e outro. O primeiro citato é destinado a alunos que estão cursando os levels 1 ao 5 das disciplinas de inglês, e o outro, no qual eu estudo, é destinado aos alunos cursando os levels 6 ao 12 das disciplinas de inglês também.
Registros de Toronto
Toda a cidade, região ou quem sabe um país inteiro com uma forte e unificada cultura tem as suas peluliaridades, não é mesmo?
Bom, revelando a seguir alguns registros realizados até agora, durante as andansas por Toronto:
Esse foi o primeiro carro realmente velho caindo aos pedacos que vi por aqui
É melhor ser amigo dos esquilos. Eles estão por todos os lados
Está com fome? Pague $ 4 dólares e coma igual a um boi no Chinatown. A comida é boa, mas eu confesso que tomei um antiácido depois, só pra garantir. : P
Vai um chá de cogumelos aí? Não nos responsabilizamos pelos efeitos colaterais
A Charlaine Klock está sempre dizendo que os sucos que bebo na Feevale são ruins. Esse é pessimalmente especial
Se alguém ainda usa videocassete, posso levar algumas produções. Interessados?
Por hora era isso, na medida que mais registros aparecerem, continuo compartilhando.
A volta dos que não foram
Na terça-feira depois das aulas, fui almoçar com mais dois brasileiros e um peruano que mora em Montreal a mais de 9 anos, mas está passando uma tempoarada em Toronto para estudar inglês também. Depois do almoço pensamos em ir visitar algum dos vários museus de Toronto, pois existe um próximo a uma estação do metrô, que por sinal, o nome dessa estação é Museum. Alias, não lembro se já comentei, mas é realmente difícil se perder em Toronto. Apesar de ser uma cidade grande, a quantidade de linhas de ônibus é enorme, existem basicamente duas linhas de metrô, uma que atravessa a cidade de norte a sul e outra de leste a oeste, existindo cerca de três estações para integração das duas linhas. Além de tudo, existe também o que o pessoal chama de street car. São bondes elétricos com trilhos pré-definidos nas ruas.
Mas voltando ao museu, ou melhor, contar sobre o passeio ao museu, depois do almoço estavamos decididos quanto ao passeio. Contudo, um dos brasileiros precisava voltar para escola ainda para verificar sobre o encerramento da hospedagem dele, pois ele voltaria (e de fato voltou) para o Brasil no dia seguinte. Chegando na escola, os planos já não eram mais os mesmos. Pensando melhor, decidimos ir para o Ontario Science Centre, uma espécie de museu de tecnologia na província de Ontario em Toronto. Pedimos informações na secretaria da escola referente ao procedimento para chegar lá, e com o mapa na mão, partimos.
Desembarcamos na parada mais próxima ao local da visita, e chegando por lá, perguntamos pra uma menina que estava sentada próximo a entrada sobre os preços e horários, porém, ela não soube responder. Entrando, descobrimos que o horário para fechar o local era por volta das 17h, e considerando que já eram 16:20, teriamos realmente pouco tempo pra ver tudo. Seria torrar os $ 22 dólares investidos na entrada, o que eu achei extremamente caro mesmo pra ficar o dia todo rodando por lá, se o visitante chegar cedo e quiser. Para estudantes locais a entrada sai por $ 16 dólares, mas mesmo com as comprovações de matrícula em nossa escola de inglês, não conseguiriamos um passe por menor preço.
Saindo da recepção do museu, quase frustrados, resolvemos dar uma olhada no High Park. Dizem que é um dos maiores parques abertos da cidade. Analisando o mapa, nosso amigo peruano indicou qual ônibis deveriamos pegar. O ônibus andou um bom caminho até chegarmos na estação de metrô que ficava na direção do park. Depois disso, pegamos o metrô rumo a estação High Park, sendo que a mesma fica cerca de 100 metros da entrada do lugar. Chegando lá, andamos alguns metros depois da entrada, e let´s go back. Realmente um dia chuvoso não combinaria com tamanho passeio.
Fast Food é comida também
Fast Foods são uma unificação em nível mundial de pratos. Afinal, o próprio nome já descreve “comida rápida”, “lanche rápido” ou qualquer coisa comestível que seja rápida e rasteira. Portando, se alguém gosta de comer no McDonalds no Brasil, é possível continuar comendo no McDonalds em qualquer lugar do mundo sem maiores problemas.
Quando as pessoas chegam em um lugar desconhecido e longe de casa, uma das principais coisas que pode acontecer é estranhar a comida. Já almocei com Baianos, Cariocas, Paulistas, Mineiros e afins no Rio Grande do Sul. Acho que não existem pratos mais genéricos, ou digamos puros, ao que os preparados pelos gaúchos. Geralmente o pessoal não reclama da nossa comida. Uma vez um baiano me falou que a partir da Bahia, conforme você vai “subindo” pelos demais estados da região Nordeste, a farofa vai ficando mais espessa, e consequentemente, não agradando o pessoal de fora desses lugares. Bom, são perspectivas que temos no Brasil, o que podemos dizer que apesar de ser um único país, possui diversas culturas e hábitos, um exemplo que acaba sendo destacado pelos brasileiros no exterior.
Chegando em outro país, a adaptação com a comida também pode ser bastante difícil. Particularmente eu ainda não senti grande diferença aqui em Toronto. Na homestay a comida é realmente deliciosa. Parece com a comida da minha mãe, em casa no Brasil, sem exageros. Ontem, na janta, comemos sopa de espinafre com batatas, sendo um prato surpreendentemente saboroso. Senti que poderia ter um pouco menos de pimenta, talvez, mas mesmo assim estava ótimo.
Em um lugar diferente e longe de casa, pode demorar um pouco até conhecermos todos os hábitos que as pessoas tem na cozinha, diante da preparação dos alimentos, e principalmente encontrar lugares bons e baratos para comer. Pensando nisso, pode ser importante não esquecer dos fast foods. Claro, não é a coisa mais saudável do mundo e com certeza é preciso ter cuidado com isso também, mas ao menos é possível ter a certeza de que na maioria das vezes o mesmo lanche servido no Brasil será servido no mundo todo.
Alias, na terça-feira, depois da aula, eu e outro brasileiro fomos no McDonnals. Um combo, formado por um Big Mac, um copo de Coca-Cola e uma porção de batata frita saiu em torno de $ 8 dólares. Convertendo para reais, ficaria mais ou menos R$ 17 reais. Talvez o mesmo preço do Brasil. O lanche é realmente igual ao que temos em qualquer outra unidade da franquia, mas o lugar, ou mesmo o ambiente pode variar de país para país. Aqui, ao menos no qual nós fomos, algumas coisas são diferentes. Por exemplo, se você está acostumado que no Brasil tudo será servido em uma bandeja e afins, esqueça. Eles colocam em um saco de papel e go away. Se você acha que é hábito receber aquele monte de guardanapos junto com os lanches, forget it! Nem mesmo nas mesas existem porta guardanapos. Vai ver eles acham que não é necessário limpar a boca enquanto estamos comendo. O ambiente também é diferente, bastante parecido com o que podemos encontrar naquelas cafeterias americanas nos filmes. E as pessoas? Bom, nesse McDonalds que nós fomos, comentei com meu amigo que “it´s only for crazy people”, principalmente porque na mesa ao nosso lado estava sentado um homem lendo jornal. Logo quando chegamos ele comentou “oh, you are a really nice boys, nice boys!” Depois ele perguntou se nós somos estudantes e ficou fazendo perguntas o tempo todo, até que ele revelou que saiu da Itália, ama Roma e não lembro porque está morando em Toronto. A essa altura ele já estava falando em italiano, apesar de ser relativamente fácil de entender, não sei dizer uma palavra nesse idioma, de qualquer forma, eu preferiria não falar nada mesmo.