Em briga de povo e governo, partido não mete a colher
Como já dizia o ditado: “Em briga de marido e mulher não se mete a colher!”. Pois bem, parece que os manifestantes de todo o Brasil, mesmo que sem intenção notória, estão pensando dessa maneira. Afinal, não admitem nenhum tipo de influência, alusão, muito menos devoção a qualquer partido político, diante da onda de protestos que afronta o Brasil. O pessoal tem sido claro e transparente, não querem a intervenção de nenhum tipo de organização a frente das reclamatórias feitas.
E assim como em um casamento, a briga começou por um motivo quase insignificante, pouca coisa, uma provocação que parecia ser tão irrisória quanto todas as outras que o povo vem suportando por anos. O aumento de R$ 0,20 centavos na passagem de ônibus desencadeou a fúria da população, causada por uma mágoa guardada por décadas, alfinetada por inúmeras sucessões inúteis, que pouco fizeram pela sociedade. Eles sempre pensaram somente no próprio umbigo, acreditando que o povo poderia ficar apenas com as migalhas jogadas pela janela, enquanto a fortuna sustentada pela arrecadação de impostos serviria para o luxo e a ostentação dos poderosos.
Parece que finalmente a nação acordou e está decidida por cobrar seus direitos. É plausível o governo passar por desentendido, bom moço, fazendo de conta que sempre fez tudo o que estava ao seu alcance para atender as súplicas da população. Mas as críticas são tantas, que aos poucos essa máscara vai cair, e finalmente a nação vai mostrar a essa dinastia quem deveria estar no comando, fazendo valer e serem cumpridas as promessas de um país melhor.