A ruvinha da biblioteca
Como diria meu amigo Marcos Barbosa: “Não que eu seja um deus grego, mas…”. Obviamente ele nunca disse isso pra mim (ufa!), mas foi uma descrição que ele usou pra enfatizar o dia em que uma menina pulou pra o lado e gritou “Meu deus!” quando viu ele parado na fila do cinema. Na condição de nerd e gordo, também não sou nenhum deus grego. E quando a gente não é um deus grego, as meninas nem se ligam na nossa presença. Afinal, é só mais um entre uma multidão de pífios mortais.
Jéssica Rabbit – Só ilustrando…
Mas a questão é que mesmo não sendo um deus grego, algumas meninas chegam encarando o cara de um jeito diferente, como é o caso da ruivinha que trabalha na biblioteca. Já faz algum tempo que toda a vez que passo por essa ruivinha ela fica olhando, olhando e olhando pra mim. Fico até meio constrangido, pois talvez eu esteja com casca de feijão nos dentes, meleca no nariz ou cocô de passarinho no cabelo, mas acho que não é o caso. A ruivinha deve enxergar alguma coisa em mim que chama a atenção dela.
Só que eu sou nerd, não domino muito esses paranauê de catandas, paquera, azaração ou seja lá a definição menos cabreira pra isso. Já pensei em chegar na ruivinha e perguntar “Oi! Vem sempre aqui?”, só que provavelmente ela responderia “Hein? Eu trabalho aqui!”. Pensei também em convidar ela pra tomar um suco, um refri, umas brejas, mas sei lá. Qualquer dia desses eu ainda resolvo perguntar se o cachorrinho dela tem telefone.
depois de muito tempo depois desta postagem
Iaê consegui falar com a ruivinha?
Olá!
Não, não…
Também nem quero e nem posso mais.
Haha…
x D