Fucking Josinelsons

Tenho um colega que tem o hábito de brincar e chamar as pessoas de “Josinelson”. Mas não é por qualquer motivo. Geralmente isso acontece quando essa pessoa faz alguma bobagem, fica pateteando e acaba falando ou tomando uma atitude anormal. Outros colegas da equipe também aderiram essa mania, inclusive eu.

Não é recente meu costume de usar o nome “Josinelson”. O quase falecido Orkut pode comprovar, enquanto estiver ativo, exibindo as fotos dos bonequinhos que eu fazia com pedaços de cabo de rede ainda na época do curso técnico, os quais eram integrantes da “Família Nelson”. Eu havia concebido o “Rominelson”, o “Jabilionelson” e obviamente o “Josinelson”, o progenitor dos demais. Segundo minha mãe, essa família era uma homenagem, mesmo que de forma indireta, ao meu tio Nelson. No entanto, ainda prefiro acreditar que é apenas porque “Josinelson” é um nome engraçado, não comprometedor como “Jacinto” ou “Nicolau”, mas simplesmente engraçado.

orkut_album_josinelson_o_boneco_de_cabos_de_rede

E falando em “Josinelsons”, vamos ao objetivo principal, pelo qual tive o insight de escrever esse texto. Não foi nada muito surpreendente, apenas uma “josinelsisse” que fiz mais cedo, enquanto tentava chegar em casa. Basicamente eu estava esperando a carona do meu pai quando vi o ônibus que passa na esquina da minha casa chegando na parada. Outros ônibus estavam enfileirados na frente dele, por isso, comecei caminhando na direção do coletivo. Cheguei próximo a porta, mas ainda não era o local apropriado para subir, então, continuei andando, andando e andando, até que o ônibus seguiu sem abrir a porta. Fiquei bravo e com cara de “Josinelson” porque achei que o motorista havia percebido pelo retrovisor que eu queria embarcar, mas infelizmente, parece que ele não viu ou fez que não viu.

hey_taxi_hey_walker

Provavelmente foi burrice da minha parte, quem sabe alinhada a ignorância do motorista. Estou consciente que dessa vez  foi só um ônibus e na verdade eu nem precisava pegar ele. Mas e se na próxima perder um avião, um barco, um navio ou um trem? Não quero passar por “Josinelson” novamente.

Meu Guardachuveè Esbugalhadeè

O inverno é uma das estações mais chuvosas do ano. Não é pra menos que aqui no Sul a chuva chegou pra ficar, não arredando o pé desde o fim da semana passada, caindo por cinco dias consecutivos. Pra não perder o ritmo, hoje de manhã quando cheguei no trabalho, estava chovendo. Desembarquei do ônibus no meio de uma multidão de guarda-chuvas e sombrinhas. Lembrei de um episódio em Quebec (QC) no Canadá, durante o fim de semana que viajei com alguns amigos, aproveitando o feriado de Ação de Graças.

Saímos de Toronto por volta das 11:30 da noite de sexta-feira e chegamos em Quebec mais ou menos às 07:00 da manhã de sábado, por sinal, abaixo de chuva. Mas turista não quer saber do clima. Por isso, desembarcamos do ônibus no Assemblée Nationale (Assembléia Nacional) durante uma torrente que desabava do céu. O pessoal não parecia muito prevenido, tanto que acabei abrigando um trio de mexicanas calientes na minha sombrinha caquética, infelizmente por pouco tempo, pois acabaram sendo desvencilhadas na multidão.

quebec_city_tour_outubro_2012Galera na chuva

Na medida que fomos descendo até o Observatoire de la Capitale (Observatório da Capital) a chuva foi acalmando e quando chegamos no centro da charmosa Quebec, uma pequena trégua possibilitou fechar minha fucking sombrinha comprada no Chinatown em Toronto, mas por pouco tempo, pois em minutos precisei novamente abrir aquele aramado coberto com tela de plástico, soltando um “My umbrella is like a pussy!”, o que rendeu o olhar intrigado de uma senhora que passava na rua. A cada loja que entrava, largava minha sombrinha na porta, sem fechar nem nada, pois se fizesse, corria o risco de não voltar a abrir. Resolvi arriscar e fechar a bagaça quando entrei em uma cafeteria junto com o pessoal. Estávamos molhados e com frio, era hora de uma bebida quente. Na saída, sem grande surpresa, minha sombrinha emperrou ao ponto de fazer eu lançar ela na próxima lixeira.

joatan_fontoura_quebec_sombrinha_quebrada Ignore a cena – Atente pra minha sombrinha esbugalhada

Passamos a ser três pessoas pra uma única sombrinha. Eu estava literalmente na chuva, sem proteção alguma. Seguimos andando quando no quarteirão seguinte encontrei outra lixeira, mas dessa vez, ao contrário de levar meu velho guarda-chuva quebrado, Quebec estava trazendo uma clássica e ousada sombrinha canadense. E apesar de uma das hastes quebradas, um guardanapo de papel foi suficiente pra limpar o melado de sorvete em torno do plástico.

joatan_fontoura_quebec_sombrinha_achadaCame up from the garbage

Nota: Eu gostei tanto daquela sombrinha que acabei levando ela pra Toronto e usei algumas vezes durante os meses seguintes. Sério, só não trouxe ela pra casa porque não consegui lugar na mala.

Futuro Empregador

contratacaoNão preciso dizer mais nada…

Buenos Aires: Primeiro Dia

Nada melhor que dormir em um colchão de molas. Na verdade, dormir em hotel é sempre uma diversão, independente da cama. É igual acampar, só que em grande estilo, apesar de que eu nunca acampei. Depois de uma rápida noite de sono, era hora de um cafezão antes da zueira começar.

vista_quarto_hotel_regis_argentinaBuenos días a todas las chicas calientes – Vista da janela do quarto

cafe_hotel_regis_argentinaCafezão servido pelo hotel

Saímos do hotel carregando um mapa entregue pela recepção. Já havíamos pedido aos recepcionistas para sinalizarem onde ficava o hotel e a partir desse ponto, conseguiríamos traçar as rotas, pois imaginávamos que não seria possível pegar wireless em qualquer lugar para poder usar o Google Maps, o que foi bem ao contrário. Por incrível que pareça, a capital possui vários pontos com internet wireless gratuita. Restaurantes não contam, mas praças, parques ou qualquer lugar na rua, mesmo os menos prováveis, muitas vezes disponibilizam alguma rede aberta, basta conectar e aceitar os termos.

Definido o destino, partimos em direção ao Obelisco. Nada de muito interessante. Então, seguimos em direção a Casa Rosada pra visitar a Cris Kirchner, mas infelizmente, no caminho, ficamos sabendo que ela estava muito ocupada tomando banho de sol no terraço e não poderia receber visitantes brasileiros. Então, paramos na Plaza de Mayo (Praça de Maio) pois fica bem em frente a sede do governo, não tem como não passar pelo lugar. Tiramos umas fotos, inclusive com uma dançarina de tango que cobrou R$ 20 reais pra tirar três fotos com o Eduardo. Quando ela chegou no meu lado, dizendo que seria a minha vez, sinalizei que não pagaria.

obeliscoObelisco

plaza_del_mayoPlaza del Mayo

casa_rosadaCasa Rosada – Entrada

Entramos na Casa Rosada, caminhamos pelos salões, saímos, andamos mais um pouco e chegamos no tal Museo Aduana de Taylor, basicamente um lugar que conta as origens do governo argentino e a construção do complexo que envolve todo o lugar. Em ambos os locais a entrada é franca.

museo_aduana_de_taylorMuseo Aduana de Taylor

Descemos mais um pouco as ruas e avenidas da cidade e chegamos no Puerto Madero, um dos locais mais famosos e bonitos da cidade. O lugar é bem legal. É um porto, mas é bem legal. A diferença é que ao menos naquela região, pelo que percebi, não atracam barcos ou navios. Vários restaurantes estão instalados nas imediações, onde a vista é agradável, chamando atenção para os altos prédios que rodeiam ambos os lados do canal, separado por uma extensa ponte.

puerto_maderoPuerto Madero

Saindo de lá, decidimos que era hora de conhecer o tradicional bairro La Boca, onde fica a La Bombonera, o estádio do Boca Juniors. Voltamos até a Praça de Maio, pensando em pegar um ônibus pra chegar até o La Boca. Perguntamos no ponto pra uma senhora, quem indicou o número do ônibus e o valor cobrado. Se não estou errado, é o número safado, 24, e o valor que ela falou foi $ 2,50 pesos, o que causou uma confusão tremenda, pois quando embarcamos, o valor informado pelo motorista foi $ 5,75 e como os ônibus só aceitam moedas, desembarcamos no ponto seguinte. Tínhamos apenas 5 pesos em moedas, trocadas pelo operador na estação de metro. Seguimos caminhando na intenção de encontrar algum local que aceitasse trocar mais moedas, mas é realmente difícil. Por incrível que pareça, as moedas são escassas no país.

carrefour_express_argentinaCompramos um lanche no Carrefour Express, o que nos rendeu mais algumas moedas no troco, somando o valor que precisávamos para o ônibus. Achei diferente essa lojinha de conveniência da rede, pois nunca encontrei uma no Brasil. Segundo a Wikipedia, a Argentina é um dos países com mais lojas nesse padrão administradas pelo grupo francês, mais precisamente 235 unidades. No Brasil existem 8 delas.

Chegando em La Boca, caminhamos pelo lugar, por sinal, um bairro enraizado pela cultura, assistindo alguns “showzinhos” de Tango na frente dos bares e restaurantes, além de parar para comprar algumas lembrancinhas, na media do possível. Até que finalmente, perguntando pra um e pra outro, chegamos no estádio, o que na minha humilde opinião, não tem nada de muito especial.

la_boca_argentinaLa Boca

la_bombonera_boca_juniorsLa bombonera – Estádio do Club Atlético Boca Juniors

Já estava anoitecendo quando subimos as ruelas entre a Praça de Maio e o hotel. Depois de um banho e um cochilo rápido, fomos encher la panza com um típico churrasco portenho.

restaurante_la_casona_del_nonno_argentinaRestaurante La Casona del Nonno – Aceitam pagamento em real e cada R$ 1 real compensa em $ 4,50 pesos

Nota: Precisei comprar um adaptador de tomadas pra poder recarregar as baterias da câmera e do celular. Na Argentina as tomadas possuem três pinos achatados, dois na diagonal e outro na posição vertical, na parte inferior, o que é classificado como “Tomada tipo I”.

tomadas_tipo_i_argentinaTomada Tipo I – Argentina e Oceania (Autrália, Nova Zelândia e Nova Guiné)

E partiu dormir, pois ainda temos mais dois dias…

Veja por onde andamos durante esse dia em mapa1 e mapa2. E não esqueça de ler também Buenos Aires: Chegando na Capital Portenha.

Encare seus problemas

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“Encare seus problemas, não coloque eles no Facebook”

Fonte: 9GAG via Instagram

Acho que as paredes se movem

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Paciente: Às vezes eu sinto que as paredes se movem…

Doutor: Você bebe café?

E pelas Estrelas andando

Durante as últimas duas semanas passei envolvido com um livro. O nome da obra é A Culpa é das Estrelas (The Fault in Our Stars). Provavelmente você já ouviu falar, pois é um recente best-seller americano, assinado por John Green. Não digo que comecei a ler pelo acaso, mas sim, porque mesmo antes de conhecer a história, julguei ser um bom livro. E realmente ele é. Em uma avaliação limitada entre notas de 0 à 10, eu arriscaria um 7,5. A pior parte foi perceber que eu estava lendo um romance, isso lá pela página 50, quando já era tarde demais. Nada contra romances, acho mesmo que é uma questão de princípios conservadores, acreditando que homens não podem gostar de romances e mesmo que arrisquem ler, é necessário fazer na penumbra, escondendo a capa para que os outros não vejam.

a_culpa_e_das_estrelasLivro: A Culpa é das Estrelas – John Green

Sem surpresa alguma, a cada página que avançava, mergulhava ainda mais na história, passando por uma maratona intensa de altos e baixos junto com os personagens. Confesso que fiquei abatido com a trama, impactando em algumas percepções cotidianas. Fui remetido aos tempos de escola, mais precisamente durante o fim do ensino fundamental,  quando em poucos dias finalizava as leituras propostas pelos professores, muitas delas obrigatórias e contra a minha vontade. Por sinal, romances, indicados pelas professores de Língua Portuguesa. Eu detestava ler, mas sempre a história acabava de uma forma ou de outra ficando marcada no meu intelecto. Apesar de ter perdido um ou outro detalhe, boa parte deles eu lembro até hoje, além de aproveitar termos e referências, o que enriqueceu meu repertório, parafraseando o que havia lido.

ingressos_filme_a_culpa_e_das_estrelasFilme: A Culpa é das Estrelas – Baseado no livro

Mas voltando as Estrelas, eu poderia ficar aqui defendendo o livro, justificando através de mil e um argumentos que a história é emocionante, serve como exemplo de valorização plena da vida e que a gente nunca mais vai encontrar um livro tão comovente como esse. Basicamente seria uma grande mentira, pois cada um tem o seu entendimento sobre a história e sua dimensão, sem direito de influenciar na percepção dos outros. A minha percepção decorreu durante dias, uma admirável e trágica tortura.

Zueira do sábado à noite

a_lagoa_azul#SoQueNao | #NemFudendo

E vê se vai pentear macacos!

Como as pessoas pensam

how_people_think_it_is

[COMO AS PESSOAS PENSAM QUE AS COISAS SÃO]

Boas notas (topo) -> DUAS ESCOLHAS: Vida social (esquerda) | Dormir o suficiente (direita) 

how_it_really_is

[COMO AS COISAS REALMENTE SÃO]

Amigos | Faculdade / Escola | Trabalho | Família | Tarefas de aula | Dormir | Hobbies | Comer | Vida amorosa

Tentando fazer tudo isso até o estresse tomar conta, as coisas começarem a desandar e você terminar chorando na sua cama, decidindo não fazer nada do que planejou e só assistir TV pra esquecer de tudo

Lista dos Campeões do Mundo

Todo mundo deveria saber que eu cago pra futebol. Nada contra, não. Também não acho deverás chato. Até acredito que se eu começasse a curtir, viraria meio que um vício, assim como é pra grande maioria das pessoas. É que nunca foi costume acompanhar as partidas, ter um time pelo qual torcer, conhecer os jogadores por nome e suas respectivas características, muito menos saber o resultado de qualquer partida que ocorreu na última semana. É coisa de família, pois meus pais também cagam pra isso, sendo que nunca fui incentivado a gostar.

homer_juiz_futebol

Copa do Mundo não torna nada disso diferente. Tudo bem que tem toda aquela vibe, as pessoas ficam mais eufóricas, torcem com determinação e garra, afinal, estão lutando por um título que vai ficar marcado pelo resto da história, uma conquista não só de um time, mas de uma nação. Entendo tudo isso e obviamente concordo com a movimentação.

Ainda esses dias estava conversando com uma amiga da Espanha, a Sonia de los Reys, e perguntei pra ela como estavam os preparativos pra Copa. Apenas pra provocar, comentei que eu estava certo que o Brasil iria ganhar e arrisquei um jargão comum no português: “A thunder never falls on the same place!” [Um raio nunca cai no mesmo lugar!]. Obviamente a minha intenção era insinuar que a Espanha não seria novamente campeã, não sei se ela entendeu, pois talvez pra eles essa frase não faça sentido. Depois que eu falei, fiquei pensando se foi realmente a Espanha que levou a última Copa (pra ver o merda que eu sou em termos de futebol). Tirei a dúvida no Google e encontrei o seguinte:

campeoes_copa_mundoLista dos Campeões de todas as Copas do Mundo (www.campeoesdofutebol.com.br)

Depois que eu falei sobre os trovões pra Sonia, ela não respondeu mais nada. Vai ver ficou ofendida, o que eu acho pouco provável, mais certo é pensar que ela não entendeu a piada.