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Como uma pessoa se sente depois de uma catástrofe?

O Rio Grande do Sul está vivendo o pior período da sua história, por conta do desastre ambiental causando pelas fortes chuvas e enchentes das últimas semanas. O resultado disso é uma capital (Porto Alegre) praticamente inacessível, o principal aeroporto do estado inundado e parado há quase 15 dias, uma linha de trem inoperante – que transporta em média 200 mil passageiros por dia –, mais de 600 mil pessoas fora de suas casas e mais de 80 mil desabrigados. A situação é tão caótica que afetou 90% dos municípios gaúchos.

O jornalismo – que tem um papel fundamental em apurar fatos e trazer as informações ao público – está a topo o vapor, fazendo grandes trabalhos de cobertura em relação aos eventos climáticos mencionados. No entanto, algo que tem me incomodado bastante é a maneira como alguns repórteres de campo acabam interagindo com os cidadãos impactados. Por exemplo: Capturam a cena de uma pessoa sendo resgatada de sua casa que foi tomada pela água e perguntam algo como: “E aí, como está se sentindo? Mais aliviado agora?”.

Eu compreendo que a intenção do profissional, no caso, do repórter como na situação que descrevi, seja coletar informações da perspectiva da pessoa afetada, mas será que é mesmo necessário? Afinal, a pessoa acabou de ter seus bens – frutos de um trabalho da vida toda – sendo desmantelados pela água. Como será que ela deve estar se sentindo? Alegre é que não vai estar. Além disso, provavelmente a pessoa passou frio, fome, sede ou qualquer outra necessidade, enquanto esperava pelo resgate. Será que o mínimo que ela deve estar sentindo é alívio depois de perceber que agora se encontra em segurança?

Meu objetivo aqui não é criticar o jornalismo, pois como disse, é um trabalho essencial e merece respeito. Entretanto, não entendo essas abordagens que os repórteres praticam. E a pergunta que me faço é: Será mesmo que se faz necessário este nível de exposição em relação as pessoas e as situações pelas quais estão passando? Será que não bastava apenas noticiar o fato sem a necessidade de incomodar e expor os envolvidos, que muitas vezes podem até se sentir mais humilhados e constrangidos com questionamentos inoportunos e desnecessários?

Não sei, não sou jornalista, mas eu acho que seria possível.

A introversão e o que me afasta das pessoas

Já não é de hoje que venho pensando nisso: porque me afasto das pessoas e não procuro saber como estão tempos depois do último encontro? Deixe-me explicar…

Na primeira escola que estudei, nunca mais voltei para visitar os professores. Na segunda e na terceira escola foi a mesma coisa, fora uma ou outra ocasião especial (festas beneficentes, formaturas e outros compromissos) quando eu era obrigado a ir e ficava bastante tímido em ter que lidar com todos os professores novamente (não tinha certeza se lembrariam de mim).

shyImagem: www.teepublic.com/t-shirt/1580611-limited-edition-exclusive-cartoon-shy-kid

No meu primeiro emprego, quando sai, fiquei de voltar e dizer um “olá” para todos alguns meses mais tarde, mas isso nunca aconteceu e hoje a empresa nem existe mais, apenas os constantes sonhos que me colocam voltando a mesma função no início da minha carreira. E porque eu não voltei?

No meu segundo emprego, sinto que sai de lá muito rápido e deixei as pessoas “na mão”, pois não tive opção: recebi a proposta na segunda-feira para começar já na próxima semana em uma nova empresa. Por isso, não me sinto confortável em voltar lá.

E quanto as amizades da época da escola, do intercâmbio, do início da faculdade, como ficaram? Perdi o contato com muitos… As razões? Tenho a impressão que quase não tenho assunto pra puxar e o pouco que tenho, ainda fico achando que a conversa vai “esfriar” rápido e vai ficar um clima chato por não saber conduzir o papo.

As pessoas morrem e o Facebook nos conta

No último domingo, através da postagem de uma outra professora no Facebook, soube que uma ex-professora de matemática da época da escola, no ensino médio, faleceu. Fiquei chocado. Ela era tão nova. Deixou filhos e acredito que marido também. Já fazem quase 10 anos desde que me formei, mas lembro muito bem das aulas dela, dos conselhos, dos puxões de orelha e das brincadeiras. Ela era aquele tipo de professora mãezona, sabe? Que cobra, que se preocupa com o bem estar dos alunos e que preza pela boa convivência na turma. Alias, acabei de lembrar que no 3º ano ela era a professora conselheira da classe. Depois que me formei, infelizmente não mantive contato com ela. O máximo que fazia era curtir uma ou outra postagem no Facebook. Não sabia que ela estava doente. Descobri porque procurei saber o que havia acontecido quando fui acometido com a notícia sobre a sua morte.

ripImagem: graphicriver.net/item/cartoon-grave-with-tombstone-and-flower/7164377

No início do ano, descobri que a irmã de uma colega dos tempos de escola (estudamos juntos entre a 1ª e 5ª série) havia falecido. Li uma postagem no perfil do Facebook da minha ex-colega. O texto dizia algo sobre a infelicidade da irmã ter morrido mas que foi um caminho que ela escolheu. Procurei saber informações nos comentários da postagem, em postagens anteriores, no perfil da menina que morreu, mas não encontrei. Fiquei colidido com a notícia. Pensei em chamar minha colega no Messeger e perguntar, mas como fazem muitos anos que não tenho mais contato com ela (fora a amizade no Facebook), achei que seria indelicado. Essa colega e eu temos a mesma idade, mas lembro que quando nós estávamos na 4ª série, a irmã dela estava na 2ª, então presumo que ela era dois anos mais nova. Nunca tive contato com ela, mas lembro dela nos recreios da aula e quando o pai delas deixava as duas na frente da escola pela manhã. Desde essa época, já fazem 16 anos. Nunca poderia e nem mesmo gostaria de imaginar naquele tempo que anos mais tarde ficaria surpreso com tal notícia.

cloudsImagem: www.thoughtco.com

No ano passado fiquei sabendo que um conhecido da época do intercâmbio havia morrido. Vi os comentários de um professor da escola onde estudamos em Toronto na postagem de outro colega no Facebook. Durante minha passagem pela escola, não fui muito próximo desse rapaz que morreu. Nossos encontros pelos corredores eram feitos de cumprimentos e mais tarde nos adicionamos no Facebook. E como a vida muitas vezes é cheia de coincidências, no dia que eu estava voltando para o Brasil, encontrei ele na sala de embarque do Aeroporto de Guarulhos. Ele já havia voltado fazia dois meses e estava viajando a trabalho. Falamos por uns 5 minutos. Ele me contou do trabalho (acho que ele tinha um envolvimento com o governo e o exército) e sua dificuldade em ficar em casa desde que voltará, devido as viagens de trabalho pelo Brasil. Espero que ele tenha resolvido essa dificuldade antes de partir e tenha aproveitado mais tempo com sua família.

Pessoa preguiçosa para um trabalho difícil

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“Eu sempre escolho uma pessoa preguiçosa para fazer um trabalho difícil. Porque ela encontrará uma forma fácil de fazê-lo.” – Bill Gates

Fonte: Portal Administradores via Instagram

10 coisas que não exigem talento

10_coisas_que_nao_exigem_talentoSer pontual | Ser ético no trabalho | Empenho | Linguagem corporal | Energia | Atitude | Paixão | Vontade de aprender | Fazer mais que o esperado | Estar preparado

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Aposentadoria do Papai Noel

O Natal acabou e o trabalho do Papai Noel também. Mas isso não significa que o bom velhinho vai se aposentar, o que leva a acreditar que estamos todos no mesmo barco…

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Legal como uma banda de rock de verdade

cool_like_a_real_rock_band“Tocando assim não faz de vocês uma banda de rock de verdade. Pessoal? Vocês me ouviram? Parem de se divertir!”

#PaiDosTrouxas

Fonte: xkcd

Ei, senhor cobrador

“Pagueee o aluguéeeel!!!”. Na realidade não é bem desse tipo de cobrador que eu queria falar. Melhor deixar o senhor Madruga e as dívidas dele pra outra postagem. Nessa aqui eu quero falar sobre cobradores de ônibus.

Sim, aquelas pessoas que ficam sentadas de lado naqueles bancos grandões dos ônibus, só observando você passar e quando muito cobrando os trocados da passagem, já que muitos passageiros hoje já pagam com cartão. Não tenho nada contra os cobradores. É uma função digna como qualquer outra. Simpatizo com aqueles que tentam ser solícitos as pessoas idosas e com necessidades, além daqueles que tentam ajudar as senhoras que querem passar na roleta abarrotadas de sacolas com compras do supermercado. Meu problema é com aqueles que mal abrem a boca pra responder quando são questionados e que ficam o tempo todo com cara feia como se aquele estivesse sendo o pior dia da vida deles.

cara_feia_cobrador_onibusImagem: mediarfamilia.com.br

Concordo que não é sempre que acordamos em um bom dia. Eu mesmo admito que já passei por algumas situações no trabalho, nas quais poderia ter tratado melhor meus colegas ou tentado ser mais prestativo. Mas isso não é sempre. Foi um dia ou um momento fora do comum. Talvez eu estivesse estressado com algum problema do próprio trabalho, com muitas tarefas pra concluir ou mesmo preocupado com as horas extras que teria que cumprir naquele dia. Mas volto a dizer, esse foi um acontecimento fora do comum.

O problema são pessoas que vivem sempre dessa maneira, como muitos cobradores de ônibus que já vi. Claro que eles também sofrem pressão, ficam nervosos e irritados com o trabalho e tem aflições tanto na vida profissional quanto na vida pessoal, mas não acho que justifique tanto rancor. Não vejo motivos para estarem sempre com a cara amarrada e principalmente que não respondam com boa vontade qualquer questionamento feito por algum passageiro perdido e em busca de informações. E o mesmo vale aos motoristas. Sabemos que muitos fazem papel dobrado, dirigindo e cobrando ao mesmo tempo, mas reforço que não há motivos para tanto rancor. Já temos muita coisa pra mudar nesse muito que não dependem apenas de boa vontade, mas quanto as que estão no alcance das pessoas, como essa, não custa tentar melhorar.

A decisão mais importante da minha vida

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“Eu não pude controlar a decisão mais importante da minha vida, meu nome.”

Fonte: 8crap via Instagram

Gentileza gera gentileza

how_much_do_you_wanna_pay_for_a_coffeeHow much do you wanna pay for a small coffee???

E aí, será que vale pedir com jeitinho?

Fonte: 9gag via Instagram