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Fast Food é comida também

Fast Foods são uma unificação em nível mundial de pratos. Afinal, o próprio nome já descreve “comida rápida”, “lanche rápido” ou qualquer coisa comestível que seja rápida e rasteira. Portando, se alguém gosta de comer no McDonalds no Brasil, é possível continuar comendo no McDonalds em qualquer lugar do mundo sem maiores problemas.

Quando as pessoas chegam em um lugar desconhecido e longe de casa, uma das principais coisas que pode acontecer é estranhar a comida. Já almocei com Baianos, Cariocas, Paulistas, Mineiros e afins no Rio Grande do Sul. Acho que não existem pratos mais genéricos, ou digamos puros, ao que os preparados pelos gaúchos. Geralmente o pessoal não reclama da nossa comida. Uma vez um baiano me falou que a partir da Bahia, conforme você vai “subindo” pelos demais estados da região Nordeste, a farofa vai ficando mais espessa, e consequentemente, não agradando o pessoal de fora desses lugares. Bom, são perspectivas que temos no Brasil, o que podemos dizer que apesar de ser um único país, possui diversas culturas e hábitos, um exemplo que acaba sendo destacado pelos brasileiros no exterior.

Chegando em outro país, a adaptação com a comida também pode ser bastante difícil. Particularmente eu ainda não senti grande diferença aqui em Toronto. Na homestay a comida é realmente deliciosa. Parece com a comida da minha mãe, em casa no Brasil, sem exageros. Ontem, na janta, comemos sopa de espinafre com batatas, sendo um prato surpreendentemente saboroso. Senti que poderia ter um pouco menos de pimenta, talvez, mas mesmo assim estava ótimo.

Em um lugar diferente e longe de casa, pode demorar um pouco até conhecermos todos os hábitos que as pessoas tem na cozinha, diante da preparação dos alimentos, e principalmente encontrar lugares bons e baratos para comer. Pensando nisso, pode ser importante não esquecer dos fast foods. Claro, não é a coisa mais saudável do mundo e com certeza é preciso ter cuidado com isso também, mas ao menos é possível ter a certeza de que na maioria das vezes o mesmo lanche servido no Brasil será servido no mundo todo.

Alias, na terça-feira, depois da aula, eu e outro brasileiro fomos no McDonnals. Um combo, formado por um Big Mac, um copo de Coca-Cola e uma porção de batata frita saiu em torno de $ 8 dólares. Convertendo para reais, ficaria mais ou menos R$ 17 reais. Talvez o mesmo preço do Brasil. O lanche é realmente igual ao que temos em qualquer outra unidade da franquia, mas o lugar, ou mesmo o ambiente pode variar de país para país. Aqui, ao menos no qual nós fomos, algumas coisas são diferentes. Por exemplo, se você está acostumado que no Brasil tudo será servido em uma bandeja e afins, esqueça. Eles colocam em um saco de papel e go away. Se você acha que é hábito receber aquele monte de guardanapos junto com os lanches,  forget it! Nem mesmo nas mesas existem porta guardanapos. Vai ver eles acham que não é necessário limpar a boca enquanto estamos comendo. O ambiente também é diferente, bastante parecido com o que podemos encontrar naquelas cafeterias americanas nos filmes. E as pessoas? Bom, nesse McDonalds que nós fomos, comentei com meu amigo que “it´s only for crazy people”, principalmente porque na mesa ao nosso lado estava sentado um homem lendo jornal. Logo quando chegamos ele comentou “oh, you are a really nice boys, nice boys!” Depois ele perguntou se nós somos estudantes e ficou fazendo perguntas o tempo todo, até que ele revelou que saiu da Itália, ama Roma e não lembro porque está morando em Toronto. A essa altura ele já estava falando em italiano, apesar de ser relativamente fácil de entender, não sei dizer uma palavra nesse idioma, de qualquer forma, eu preferiria não falar nada mesmo.

Conhecendo Toronto

Conforme falei na postagem anterior, ontem foi feriado aqui em Toronto. Minha host mother saiu comigo pra mostrar o caminho da universidade. Depois disso, aproveitei pra conhecer a cidade. Na verdade foi algo meio involuntário, pois acabei encontrando dois brasileiros no metro, eles também estavam sem rumo, nos juntamos e aproveitamos pra explorar o lugar. Afinal, tinhamos o dia todo pra fazer qualquer coisa.

Desembarcamos na Dundas Station, ficando próximo do que os canadenses chamam de Downtown. Esse lugar é como o centro da cidade, já ouvi falar algo referente a “área econômica” também. Saindo da estação, logo conseguimos chegar em um dois principais (ao menos ouvi falar também sobre isso) shoppings centers de Toronto, chamado Toronto Eaton Centre. Andamos por algumas lojas com o objetivo de conhecer o lugar.

Toronto Eaton Centre

Em seguida, saimos do shopping, finalmente chegando nas ruas de Downtown. Pra quem lembra dos filmes americanos, com ruas repletas de carros de luxo, pessoas andando por todos os lados e aqueles telões fixados na parte superior dos prédios, mostrando anúncios publicitários o tempo todo, tudo é realmente muito parecido. Começamos a andar, passando pela famosa Seatown e mais alguns monumentos da cidade. Acabamos entrando na Queen Station, a próxima estação de metro ao lado Sul, o que é chamado de Southbound. Existem vários restaurantes na entrada da estação, parecido com uma praça de alimentação. Eu não estava com muita fome, mas os novos amigos pareciam estar famintos. Um deles ficou “puto” por pagar $ 11 dólares por uma porção de comida japonesa que não conseguiu comer. A outra foi no Mcdonald’s (sendo mais recomendado para iniciantes) e eu fiquei no suco de laranja mesmo. Alias, falando em Mcdonald’s, tenho alguns comentários pra fazer sobre esses lugares aqui, talvez um tanto engraçados e estranhos, difente do que temos no Brasil, mas aguardem a próxima postagem.

Downtown

Depois de almoçar, saimos em busca de mais novidades. Perguntando pra um senhor, ele nos indicou a estação que deveriamos descer e depois qual ônibus nós deveriamos pegar pra chegar na praia. E lá fomos nós. Chegando por lá, nada de muito diferente, pois pra mim praia é tudo igual, contudo, com certeza é uma bela paisagem. A água estava muito azul, ao menos de longe, mas não conseguimos identificar se é uma praia natural ou artificial.

Voltando pra Downtown, fomos procurar uma loja de bebidas. Quem me conhece sabe que não bebo, e não é porque estou longe de casa que vou mudar meus conceitos. Era um dos brasileiros que estava querendo conhecer. A outra brasileira também não bebe, e queria ir ao supermercado comprar comida. Analisando, comida ainda é mais importante que bebida, e como ontem as lojas estavam fechando às 18 horas, fomos atrás de um supermarket.

Enfim, já eram quase 18 horas e eu queria voltar logo pra homestay, até porque, o pessoal costuma jantar cedo aqui. Mas se dependesse da luz do dia, poderia ficar até às 21 horas na rua que ainda encontraria luminosidade suficiente pra voltar, afinal, o verão em Toronto funciona assim.

E aqui estou: Toronto, Canadá

Sabe aqueles filmes americanos, quando logo no início aparece uma rua repleta de árvores,  jardins bem aparados, carros grandes e aparentemente luxuosos estacionados na frente das garagens e um cara de bicicleta entregando jornal? Ah, não esquecendo daquela musiquinha do The Sims tocando no fundo. Até hoje a tarde eu realmente pensava que isso era coisa só de filme mesmo. Apesar daqui não ser os EUA, a cena que está passando na sua cabeça é exatamente o que vi hoje durante os aproximadamente 20 KM do aeroporto até a homestay onde estou. Não sei se é porque eu estava muito empolgado ou ansioso, mas refletia na minha cabeça algo como “já vi isso em algum lugar antes”. E por incrível que pareça, eu nem estava pensando em jogar The Sims.

Chegando de taxi, e mal conseguindo carregar minha malinha de 27 quilos, subi as escadas de uma pequena casa da Oakwood Avenue na província de Ontário. Toquei a campainha, um garoto abriu a porta e fui apresentado a minha host family. O pessoal parece ser gente boa, um casal aparentemente jovem e com três crianças. Segundo eles, já fazem cinco anos que recebem estudantes, tanto que nos quartos abaixo do meu, existem mais dois hospedados. Contudo, ainda não conheci eles.

Aparentemente a estadia vai ser agradável, ao menos durante essas duas primeiras semanas, quando já tenho garantido a hospedagem com eles. Depois? Bom, depois veremos, quem sabe até posso tentar ficar aqui por mais alguns dias, mas depende da universidade também.

Bom, hoje é feriado cívico por aqui, vou tentar aproveitar o tempo e andar um pouco, conhecer os arredores. Vou tirar algumas fotos, talvez gravar um vídeo, confirmando a perspectiva descrita no início.

Abaixo algumas imagens dos meus “aposentos”:

Capaz que eu não iria trazer a galera né? Olha no canto, Mario e Tux

We don´t have subtitles for you!

Coisa que se faz depois de mais de 24h sem dormir

Isso aí minha gente! Vou mandando notícias na medida do possível!

Boa semana pra todos!

O voo atrasa

Depois de quase perder o avião retornando do Rio de Janeiro no início do mês passado, pensando que o funcionamento da coisa toda era como andar de Central, sendo que quando o horário do ônibus é às 15:00, mas se você chegar correndo, comprar a passagem no guichê que fica alguns metros do ponto, às 14:59 você ainda pega o dito, e se bobear, mais umas cinco pessoas embarcam depois de você ainda.

Bom, quando se fala em transporte aéreo a coisa muda um pouco de situação, principalmente porque o processo é um pouco mais burocrático.

Cheguei por volta das 11h em Porto Alegre hoje pela manhã, fazendo check-in aqui, despedida da família ali, vegentando na sala de embarque lá, embarquei no avião às 12:30. A aeronave estava se preparando para decolar às 13:00 em ponto, e o horário previsto estava para às 13:02 no bilhete.

Por volta das 14:50 cheguei em São Paulo. Andei, andei, andei procurando o guichê da tal Air Canadá, quando uma viva alma me falou que eu poderia trocar meu bilhete nacional pelo internacional só quando abrisse o guichê (por isso que eu não achava, estava fechado), o que ocorreria por volta das 17h. Bom, peguei minha mochila e fui sentar na sala de espera. Por volta das 16:50 fui pra o guichê, e pra minha surpresa, uma enorme fila se aglomerava. Quando passei pela atendente, ela com cara de preocupada falou: “Sabia que o voo está atrasado, né?”, respondi: “Não!”, ela: “Pois é, está! Vocês vão ser levados pra um hotel e voltar às 23h pra embarcar às 0:00!” Mentalmente eu pensei: “WTF! Isso não estava no script!” Mas ainda indaguei: “Mas isso é seguro? Não corro o risco de ficar esquecido lá por esse hotel?”, sem me dar muita atenção, ela me indicou onde pegar o ônibus e sai pra tentar encontrar o ponto.

Bom, felizmente encontrei o tal ônibus, me levando ao hotel. Cheguei na recepção e parecia que estava me hospedando de verdade. Até quarto me ofereceram:

Hall do hotel

Abrindo porta com cartão (como nos filmes : P)

Como que o pessoal chama isso mesmo? Suite? Lá em casa é quarto mesmo.

Serviço de quarto. Mas falaram em janta no ticket!

E agora cá estou eu editando essa postagem. Daqui a pouco volto para o aeroporto pra pegar o avião. Será que se atrasar mais algumas horas, vão mandar a galera de volta pra dormir? Aí eu mal posso esperar o café da manhã!

A viagem: Quando um sonho se torna real

Todo mundo já sonhou alguma vez na vida. Não falo daqueles sonhos noturdos quando estamos dormindo, alguns meio malucos, sem pé nem cabeça, mas um sonho que nós temos por vontade própria, um desejo, uma perspectiva de vida. As vezes sonhamos com alguma coisa durante a vida toda, mas nunca conseguimos alcançar esse objetivo. Vai ver porque não nos esforçamos o bastante ou porque é um “senhor” sonho, parecido com os que temos a noite. Tem vezes ainda que sonhamos baixo, um sonho fácil de conquistar, e logo conseguimos o que queremos.

Desde criança eu sempre sonhei em viajar para o exterior. Conhecer uma cultura diferente, um país diferente, andar pelas ruas e poder apreciar aquelas casas projetadas com uma arquitetura conservadora, própria do lugar, e principalmente, poder praticar o idioma estrangeiro, no caso o inglês. Bom, Estados Unidos é um país mais burocrático pra se conseguir o ingresso, e relativamente agitado demais pra um nerd iniciante como eu. Inglaterra é legal, mas a Europa também é muita areia pra meu caminhãozinho, sem contar que um pound vale muito em relação ao real.  Quem sabe por isso sempre pensei no Canadá, o país vizinho dos americanos, e segundo algumas informações que tenho, abriga um dos melhores índices de qualidade de vida no mundo.

Portanto, gostaria de informar aos prezados amigos que amanhã (04/08/12) estarei embarcando pra realizar essa minha perspectiva criada ainda na infância. E respondendo a curiosidade de muitos que me indagaram nos últimos dias, esse é o real motivo por eu ter saído do meu antigo emprego, assim como andar um tanto sem tempo, até porque, foi uma longa jornada com assuntos para serem resolvidos até então. Contudo, acredito que vai correr tudo tranquilamente durante os pouco mais de quatro meses que vou passar por lá. Antes do Natal (e fim do mundo?) retorno ao Brasil, iniciando uma nova fase.

Enfim, se quiserem acompanhar as peripécias de um nerd em Toronto, Canadá, visitem regularmente esse canal. E não esqueçam, as publicações no #GEEKFAIL e os artigos que escrevo para o Zoom Digital, a princípio, continuarão sendo feitas normalmente. Quem sabe nas primeiras semanas a periodicidade vai diminuir um pouco, mas a ideia é manter o ritmo.