Buenos Aires: Primeiro Dia
Nada melhor que dormir em um colchão de molas. Na verdade, dormir em hotel é sempre uma diversão, independente da cama. É igual acampar, só que em grande estilo, apesar de que eu nunca acampei. Depois de uma rápida noite de sono, era hora de um cafezão antes da zueira começar.
Buenos días a todas las chicas calientes – Vista da janela do quarto
Saímos do hotel carregando um mapa entregue pela recepção. Já havíamos pedido aos recepcionistas para sinalizarem onde ficava o hotel e a partir desse ponto, conseguiríamos traçar as rotas, pois imaginávamos que não seria possível pegar wireless em qualquer lugar para poder usar o Google Maps, o que foi bem ao contrário. Por incrível que pareça, a capital possui vários pontos com internet wireless gratuita. Restaurantes não contam, mas praças, parques ou qualquer lugar na rua, mesmo os menos prováveis, muitas vezes disponibilizam alguma rede aberta, basta conectar e aceitar os termos.
Definido o destino, partimos em direção ao Obelisco. Nada de muito interessante. Então, seguimos em direção a Casa Rosada pra visitar a Cris Kirchner, mas infelizmente, no caminho, ficamos sabendo que ela estava muito ocupada tomando banho de sol no terraço e não poderia receber visitantes brasileiros. Então, paramos na Plaza de Mayo (Praça de Maio) pois fica bem em frente a sede do governo, não tem como não passar pelo lugar. Tiramos umas fotos, inclusive com uma dançarina de tango que cobrou R$ 20 reais pra tirar três fotos com o Eduardo. Quando ela chegou no meu lado, dizendo que seria a minha vez, sinalizei que não pagaria.
Entramos na Casa Rosada, caminhamos pelos salões, saímos, andamos mais um pouco e chegamos no tal Museo Aduana de Taylor, basicamente um lugar que conta as origens do governo argentino e a construção do complexo que envolve todo o lugar. Em ambos os locais a entrada é franca.
Descemos mais um pouco as ruas e avenidas da cidade e chegamos no Puerto Madero, um dos locais mais famosos e bonitos da cidade. O lugar é bem legal. É um porto, mas é bem legal. A diferença é que ao menos naquela região, pelo que percebi, não atracam barcos ou navios. Vários restaurantes estão instalados nas imediações, onde a vista é agradável, chamando atenção para os altos prédios que rodeiam ambos os lados do canal, separado por uma extensa ponte.
Saindo de lá, decidimos que era hora de conhecer o tradicional bairro La Boca, onde fica a La Bombonera, o estádio do Boca Juniors. Voltamos até a Praça de Maio, pensando em pegar um ônibus pra chegar até o La Boca. Perguntamos no ponto pra uma senhora, quem indicou o número do ônibus e o valor cobrado. Se não estou errado, é o número safado, 24, e o valor que ela falou foi $ 2,50 pesos, o que causou uma confusão tremenda, pois quando embarcamos, o valor informado pelo motorista foi $ 5,75 e como os ônibus só aceitam moedas, desembarcamos no ponto seguinte. Tínhamos apenas 5 pesos em moedas, trocadas pelo operador na estação de metro. Seguimos caminhando na intenção de encontrar algum local que aceitasse trocar mais moedas, mas é realmente difícil. Por incrível que pareça, as moedas são escassas no país.
Compramos um lanche no Carrefour Express, o que nos rendeu mais algumas moedas no troco, somando o valor que precisávamos para o ônibus. Achei diferente essa lojinha de conveniência da rede, pois nunca encontrei uma no Brasil. Segundo a Wikipedia, a Argentina é um dos países com mais lojas nesse padrão administradas pelo grupo francês, mais precisamente 235 unidades. No Brasil existem 8 delas.
Chegando em La Boca, caminhamos pelo lugar, por sinal, um bairro enraizado pela cultura, assistindo alguns “showzinhos” de Tango na frente dos bares e restaurantes, além de parar para comprar algumas lembrancinhas, na media do possível. Até que finalmente, perguntando pra um e pra outro, chegamos no estádio, o que na minha humilde opinião, não tem nada de muito especial.
La bombonera – Estádio do Club Atlético Boca Juniors
Já estava anoitecendo quando subimos as ruelas entre a Praça de Maio e o hotel. Depois de um banho e um cochilo rápido, fomos encher la panza com um típico churrasco portenho.
Restaurante La Casona del Nonno – Aceitam pagamento em real e cada R$ 1 real compensa em $ 4,50 pesos
Nota: Precisei comprar um adaptador de tomadas pra poder recarregar as baterias da câmera e do celular. Na Argentina as tomadas possuem três pinos achatados, dois na diagonal e outro na posição vertical, na parte inferior, o que é classificado como “Tomada tipo I”.
Tomada Tipo I – Argentina e Oceania (Autrália, Nova Zelândia e Nova Guiné)
E partiu dormir, pois ainda temos mais dois dias…
Veja por onde andamos durante esse dia em mapa1 e mapa2. E não esqueça de ler também Buenos Aires: Chegando na Capital Portenha.